quarta-feira, 14 de janeiro de 2015

Não preciso ser Charlie!

Na quarta-feira, 07, registramos uma demonstração de intolerância, de vilania, de falta de respeito...
Ao todo 12 pessoas morreram no ataque: oito funcionários do jornal – entre eles quatro cartunistas –, um funcionário do edifício, um convidado da redação e dois policiais.
O repercuto nos jornais, assimilam isso a um atentado terrorista, porém não vamos fazer uso dessa expressão aqui. Gostaríamos de dizer apenas um Não a Intolerância, ao Fanatismo, Não a Vilania, e a atitude de brincar com as vidas do mundo.
Algumas imagens e musicas são para reflexão, com estes 7 dias de morte, de todas as vitimas, agredidas, até mesmo aquelas que ficaram vivas...
Contudo, não podemos nos esquecer que a Revista Charlie Hebdo, declara ofensas a nivel grotesco, com o real intuito de ofender. Após ataques ocorridos em 2011 , a revista intensificou ataques morais contra a religião islâmica. A maneira como o jornal retratava os muçulmanos era sempre ofensiva. Os adeptos do Islã sempre estavam caracterizados por suas roupas típicas, e sempre portando armas ou fazendo alusões à violência, com trocadilhos infames com “matar” e “explodir”… Alguns argumentam que o alvo era somente “os indivíduos radicais”, mas a partir do momento que somente esses indivíduos são mostrados, cria-se uma generalização. As capas das revistas são terríveis, um real ato de terrorismo visual, mas este humor criado por Charlie deveria de ser Banido desde o principio, por fóruns de justiça, e ter uma censura ética.
Charlie satirizou, “xingou”, ofendeu uma religião toda, já que no Islã, há um princípio que diz que o Profeta Maomé não pode ser retratado, de forma alguma. Charlie o retratou, e não foi a primeira vez, contudo, não se trata ofensas religiosas com armas e mortes. Não estamos na Guerra santa!
Mais Respeito é por isso que zelo, Mais respeito pela parte da Charlie Hebdo, e por parte de assassinos “santificados”.
Não preciso ser Charlie!

Por: Lucas Pedroso Pereira da Costa.






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sábado, 10 de janeiro de 2015

Drogas, caso de polícia?

Não é de hoje que um dos mais graves problemas das cidades brasileiras (de todos os tamanhos) é questão das drogas, e o combate a elas tem se mostrado falho, sem grandes avanços, e cada vez mais vemos este problema crescer mesmo em cidades menores no interior do país.

O problema é que há uma inversão de valores quanto a responsabilidade do combate as drogas, enquanto as drogas forem tratadas como uma questão de segurança ao invés de uma questão de saúde e educação continuaremos a perder a “guerra” contra o tráfico.

Um bom exemplo de uma forma mais humana de tratar as questões das drogas e que tem dado bons resultados é o programa “Braços Abertos” da prefeitura de São Paulo que tem ajudado na situação da maior cracolândia do Brasil no centro da cidade. Não é a solução do problema, mas sim o início dela.

O programa oferece uma nova oportunidade aos dependentes químicos através de moradia, alimentação e emprego e também o tratamento contra a dependência, os dependentes atuam basicamente na limpeza e manutenção de ruas e praças e com isso recebem além da moradia e alimentação um pagamento de R$20,00 por dia trabalhado.

Atualmente o programa atende cerca de 500 pessoas, das quais 50 já foram morar com suas famílias, 20 estão empregadas com carteira assinada e 42 estão fazendo cursos profissionalizantes, as mulheres estão tendo atendimento ginecológico. Antes do programa ninguém ia ao dentista, e por isso tinham muitas caries e frequentemente arrancavam os dentes com alicates.

O dinheiro recebido pelos atendidos está sendo usado para compra de roupas e materiais de higiene, e não para compra de drogas como muitos diziam que iria acontecer.

Ainda não será o suficiente, há muito de se fazer ainda, mais o primeiro passo foi dado, pelo menos na cidade de São Paulo, e finalmente estamos dando aos usuários moradia, emprego, alimentação, ao invés de cassetetes e tiros, e assim oferecendo uma verdadeira chance de recuperação.

Por João Pedro Sansão


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quarta-feira, 7 de janeiro de 2015

Os 2 poderes e Uma Crença


Capitalismo: Um sistema socioeconômico em que os meios de produção (terras, fábricas, máquinas, edifícios) e o capital (dinheiro) são propriedade privada, ou seja, tem um dono.

Socialismo: Um Sistema socioeconômico que visa maior igualdade entre os indivíduos trabalhadores, onde maquinas, fabricas e até mesmo o capital são de propriedade governamental. Tem como grandes defensores Karl Marx e Friedrich Engels.

Comunismo: Compreendido como certo tipo de ordenação social, política e econômica onde as desigualdades seriam sistematicamente abolidas. Ditado por alguns como sendo o final utópico do Socialismo.

Hoje vivemos em um mundo capitalista, de consumo, particular, onde meus bens são meus e de mais ninguém e os seus são seus. O sistema capitalista tem como base a meritocracia, cada um por si para conseguir seus bens, estude mais e ganhe mais, porem não de uma meritocracia igualitária.

Podemos dizer que no socialismo o médico ganha quase o mesmo que um gari, e alguns pensam que injustiça, o medico que tanto estuda ganhar o que ganha, um cara que nem precisa estudar. Existe certa desigualdade neste ponto, porem isso abre portas para que possamos fazer o que nos desejamos, temos hoje o salário de um professor muito desigual a de um juiz, mas suponde que eu quero ser um professor em uma sociedade socialista eu ganharia o quanto ganha o Juiz, e exerceria o que eu queria, já no capitalismo, tentaria eu procurar outra coisa que me rendesse um lucro maior, já que existem necessidades e até supérfluos das quais tenho e quero suprir...

A intenção de banir as diferenças entre os homens é o objetivo do comunismo, e também é o que acaba fazendo com que muitos enxerguem o comunismo como uma utopia dificilmente alcançada. A experiência comunista parte de um pressuposto comum onde a desigualdade social gera problemas que se desdobram em questões como a violência, a miséria e as guerras.

Antes do capitalismo, o sistema predominante era o Feudalismo, cuja riqueza vinha da exploração de terras e também do trabalho dos servos. O progresso e as importantes mudanças na sociedade (novas técnicas agrícolas, urbanização, etc) fizeram com que este sistema se rompesse. Estas mesmas mudanças que contribuíram para a decadência do Feudalismo, cooperaram para o surgimento do capitalismo.

Passou por fases como:

· Capitalismo Comercial ou mercantil: consolidou-se entre os séculos XV e XVIII. É o chamado Mercantilismo. As grandes potências da época (Portugal, Espanha, Holanda, Inglaterra e França) exploravam novas terras e comercializavam escravos, metais preciosos etc. com a intenção de enriquecer.

· Capitalismo Industrial: Foi a época da Revolução Industrial.

· Capitalismo Financeiro: após a segunda guerra, algumas empresas começaram a exportar meios de produção por causa da alta concorrência e do crescimento da indústria.

A implantação do socialismo ocorreu somente no século XX, mais precisamente em 1917, quando o governo monarquista foi derrubado pela revolução russa, dando origem à União das Repúblicas Socialistas Soviéticas (URSS). Na segunda metade do século XX o socialismo ganhou outros adeptos, como os países do Leste Europeu, além da China, Cuba e algumas nações africanas e asiáticas. No entanto, com configurações socialistas distintas.

• Meios de produção socializados: no socialismo toda estrutura produtiva, como empresas comerciais, indústrias, terras agrícolas, dentre outras, são de propriedade da sociedade e gerenciados pelo Estado. Toda riqueza gerada pelos processos produtivos é igualmente dividida entre todos.

• Inexistência de sociedade dividida em classes: como os meios de produção pertencem à sociedade, existe somente uma classe; a dos proletários. Todos trabalham em conjunto e com o mesmo propósito: melhorar a sociedade. Por isso não existem empregados nem patrões.
• Economia planificada e controlada pelo Estado: o Estado realiza o controle de todos os segmentos da economia e é responsável por regular a produção e o estoque, o valor do salário, controle dos preços e etc. Configuração completamente diferente do sistema liberal que vigora no capitalismo, no qual o próprio mercado controla a economia. Dessa forma, não há concorrência e variação dos preços.

O comunismo nunca teve sua implementação na sociedade, apenas em suas teorias, como parte de uma natureza utópica, era de se esperar. Na Grécia Antiga, o filósofo Platão buscou arquitetar uma forma de governo ideal onde a propriedade privada e as famílias seriam extintas. O fim da família e da propriedade reforçaram um ideal de comunidade que colocaria em segundo plano os interesses individuais e familiares. A união sexual deveria ter caráter temporário e a criação dos filhos seria de responsabilidade do Estado. Sem abordar a questão do escravismo, o pensamento platônico não tece uma crítica total aos valores de sua época. Durante a Idade Média, a crise do sistema feudal e o grande enriquecimento da Igreja impulsionaram a formação de movimentos que tentaram abolir as desigualdades. Inspirados por um discurso de forte traço religioso, algumas das heresias medievais não só criticavam as desigualdades de seu tempo. Dotados de uma tendência mais radical, alguns movimentos religiosos deste período defendiam a supressão da classe nobiliárquica e a revolta camponesa como mecanismos de justiça social. No período de ascensão da burguesia mercantil, outros pensadores também se preocuparam em criticar os valores de seu tempo em favor de uma sociedade ideal. No século XVI, o filósofo britânico Thomas Morus redigiu a obra “Utopia”, lançou novas bases onde o comunismo seria vivido por meio de mecanismos que subordinassem a individualidade em prol do coletivismo. Contrariando uma tendência do pensamento renascentista (o individualismo), Morus buscou uma maior comunhão social.

Temos 3 escolhas, sendo uma delas utópica, quase inalcançável, então dessas 2 o Capitalismo e o Socialismo temos, defeitos teóricos, e práticos, resumindo, se quisermos a sociedade ideal, temos de ser todos ideais!

Por Lucas Pedroso

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sábado, 3 de janeiro de 2015

Finalmente! Ensino Médio entra em discussão.


Até pouco tempo atrás qualquer debate sobre educação se resumia a discussão do nível superior, em raríssimas exceções chegava a se discutir a educação infantil e as séries iniciais de alfabetização, mas não se discutia as fases da educação que vivem os maiores problemas e sem dúvida está em crise que são o ensino médio e as séries finais do ensino fundamental, e pela primeira vez isso começa a mudar e o ensino médio entre em pauta no Ministério da Educação.

O Brasil está dando o primeiro o passo, o de abrir o debate, agora temos que ter em mente que tipo de mudanças que queremos na educação. Não basta só mudar, mudar não quer dizer que vai melhorar, temos que lutar para mudar para melhor.

Acredito que alguns dos itens que listarei abaixo deverão estar no centro desta discussão:

1: Formato da sala de aula.

Uma mudança simples mas fundamental. Hoje a sala de aula possui uma estrutura moldada para inibir as pessoas, para que elas fiquem intimidadas. Passamos anos sentados em fileira, como se estivéssemos em uma fábrica, assim somos treinados a olhar na nuca e baixar a cabeça, e não olharmos nos olhos das pessoas, com isso saímos das escolas hoje sem estar preparados a fazer uma fala em público, sem termos o mínimo de liderança, o que é ótimo, para o sistema e não para o povo.
Deveríamos então mudar o formato para uma sala em "U" para que todos pudessem olhar nos olhos, para incentivar o debate.

2: Deixar de ensinar as respostas, e promover o desenvolvimento cognitivo:

Atualmente os alunos são forçados a “aprender” e “decorar” muitas coisas, de muitos assuntos diferentes, o que é uma inutilidade, pois quase todas as respostas que aprendemos na escola (e esquecemos na semana seguinte) poderiam ser facilmente respondidas com uma simples pesquisa na internet.

O que temos que fazer não é aprender as respostas, e sim, desenvolver habilidades e competências sobre as quatros áreas básicas do conhecimento (Ciências humanas, Ciências da natureza, Matemática e Linguagens e códigos) e assim melhorar a nossa capacidade cognitiva por que depois o estudante aplica esta capacidade onde quiser.

3: Adequação do currículo:

Hoje em dia nossos estudantes tem uma visão básica de cada área no conhecimento, porém eles geralmente possuem um potencial maior em somente uma delas, mais esse potencial não é aproveitado ao máximo, alunos que possuem maior aptidão com exatas passariam a ter mais aulas de matemática e física por exemplo.

A questão não é abandonar as demais matérias, continuariam a ter as aulas das demais matérias normalmente, mais teríamos mais tempo com a área específica.

4: Tempo na escola:

Nossos estudantes deveriam ficar mais tempo na escola, o que não quer dizer mais aulas tradicionais, e sim mais aulas em laboratório, mais aulas com experiências, assim estimularíamos a inovação já em nossos adolescentes.

5: Atratividade:

A escola tem se tornado um lugar chato, que está atrasando nossos alunos, pois eles chegam a escola hoje com muito mais conhecimento e muito mais experiências do que 20 anos atrás. As gerações atuais e cada vez mais nas próximas, são muito diferentes das antigas, mas a escola ainda não percebeu isso e continua dando aula do mesmo jeito que se dava há 20 anos.

Nessa hora me vem a cabeça uma frase que chega próxima ao estado de demência muito mencionada nas salas de professores por todo o país “nossos alunos não são mais os mesmos”, e mesmo assim, sabendo que os alunos não são mais os mesmos continuamos tendo aula exatamente do mesmo modo como tínhamos antigamente.

É claro que a discussão está apenas começando, e até o momento o Ministério da Educação tem se pronunciado através de seu novo ministro o cearense Cid Ferreira Gomes apenas na questão da adequação do currículo, o que já é um passo importante mais ainda longe do que sonhamos.

Cabe a nós agora acompanharmos as discussões, participar o máximo possível do processo, pois o caminho será árduo mas o futuro recompensador!

Por João Pedro Sansão

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