quarta-feira, 28 de janeiro de 2015

Globo e sua relação bipolar com Belo Monte


Construir uma usina Hidrelétrica no meio da floresta amazônica nunca foi algo fácil. A usina de Belo Monte, que está sendo construído no Rio Xingu, na altura de Altamira, tem gerado polêmica desde que foi idealizada pela primeira vez pelos engenheiros e tecnólogos da Ditadura Militar.

Após o fim do regime militar o projeto ficou esquecido por anos, e foi resgatado em 2001, pelo presidente Fernando Henrique Cardoso (PSDB) após o grande apagão que o Brasil sofreu naquele ano, e foi abraçado de vez em 2003, pelo então presidente Lula (PT), que durante seus oito anos de mandato lutou para vencer a burocracia e deu inicio a obra, que só passou a ganhar forma já no governo Dilma Rousseff (PT).

O projeto Bilionário, que já está em seu terceiro presidente civil, é ousado. Belo Monte será a segunda maior hidrelétrica do Brasil e terceira maior do Mundo, tudo isso no meio da maior floresta tropical da terra! Porém a grandeza da obra é equivalente aos entraves burocráticos, ambientais, logístico e sociais das obras.

Passada as questões polemicas, algo que chamou a atenção recentemente é a relação da rede Globo com a  usina, já foram feitas inúmeras matérias por essa emissora criticando a obra e mostrando inverdades sobre o empreendimento, um vídeo chegou a ser feito pelo movimento “Gota d’água”¹ com atores globais, porém logo foi desmentindo em outro vídeo por alunos da UNICAMP².

Após vários movimentos feitos pela globo que vão contra a obra, após fazerem todo o possível para a obra não sair do papel. Agora com o Brasil passando por um momento delicado na formação de energia em especial nas hidrelétricas do sudeste e centro-oeste,  a mesma globo cobra agilidade, reclama que a obra ainda não está pronta.

Chega a ser irônico ver uma emissora como essa fazendo de tudo pelos seus interesses, mesmo sendo uma concessão pública, mesmo sendo bancada por dinheiro público, do contribuinte, ganhando mais de um bilhão por ano de dinheiro público.

Por João Pedro Sansão

¹Vídeo Gota d’água: https://www.youtube.com/watch?v=DIpAbXsWH7U
²Vídeo dos alunos da UniCamp: https://www.youtube.com/watch?v=gVC_Y9drhGo

#trelassoltas
Um blog diferente pra quem pensa diferente!
Curta nossa Fan Page: https://www.facebook.com/trelassoltas

segunda-feira, 26 de janeiro de 2015

Reeleição parlamentar e o perigo da profissionalização da política


Atualmente um político em cargos no legislativo pode ser reconduzido ao cargo infinitamente, o que tem gerado uma profissionalização da política, são pessoas que não são mais identificadas pela sua profissão de origem, e que vivem apenas de seus mandatos à custa do povo.

Há uma necessidade de diminuir o número de reeleições parlamentares. Quem sabe até acabar com elas. A Senadora Vanessa Grazziotin (PCdoB-AM), possui uma proposta de emenda à constituição (PEC) que restringe o número de reeleição de senadores e deputados. De acordo com a proposta, senadores poderiam se reeleger uma vez e deputados estaduais e federais, duas vezes.

A restrição no número de reeleições parlamentares (se sair do papel) será um passo importante na consolidação da nossa jovem democracia, mas apenas uma ampla reforma do sistema político eleitoral, tornará nosso sistema mais sólido e eficiente.

Além da reeleição há também outros temas a serem debatidos em uma reforma política, como por exemplo, o financiamento, o voto em lista, voto facultativo entre outros.

O grande problema de uma reforma política é que não há solução fácil, todos os pontos que estão em discussão têm inúmeras soluções e cada uma delas com vários pontos positivos e vários negativos, mas o que mais dificulta é a reforma política sair do papel, já que não há vontade de grande parte dos deputados e senadores de que essa pauta realmente avance.

Há uma necessidade de se fazer um movimento popular para que essa reforma avance, pois ela não virá do congresso.

Por João Pedro Sansão

#trelassoltas
Um blog diferente pra quem pensa diferente!
Curta nossa Fan Page: https://www.facebook.com/trelassoltas

quarta-feira, 21 de janeiro de 2015

O aumento da desigualdade e a taxação de fortunas




Em 2009, 388 pessoas tinham mais dinheiro que metade da população mundial, hoje esse número está em 80 pessoas de acordo com a Oxfam¹. Pelas regras da meritocracia essas 80 pessoas trabalharam mais e se esforçaram mais que 3,5 bilhões de pessoas. A expectativa é de que nos próximos anos o grupo de pessoas que possuem metade da riqueza do mundo deverá ficar ainda mais restrito, resultando em uma desigualdade cada vez mais gritante.

A pesquisa também disse que até 2016 1% da população (70 milhões de pessoas) vão ter mais dinheiro acumulado que os outros 99% (7 bilhões) juntos, o que mostra que não tem sido possível diminuir a desigualdade no mundo.

Até quando vamos olhar para notícias como essas e achar tudo normal? que a vida é assim mesmo, que é justo alguns terem tudo, enquanto tem gente que não tem nada dez de que nasceu?

Há um renomado livro do economista francês Thomas Piketty, que se chama O Capital do século XXI, nele Piketty fala que essa situação de concentração de renda poderá levar ao caos, poderá prejudicar muito as instituições democráticas, pois a democracia pressupõem igualdade de oportunidades. E com essa desigualdade crescente a democracia ficará cada vez mais frágil.

Recentemente o presidente dos Estados Unidos, o democrata Barack Obama, falou que possui a intenção de cobrar impostos maiores de pessoas que possuam um acumulo de dinheiro mais robusto. É uma proposta muito interessante, que já é realidade em alguns países da Europa.

Essa ideia de taxar as grandes fortunas não vem de hoje, seria importante que cada vez mais países adotassem esse procedimento, tendo a presença do estado para equilibrar as oportunidades, e assim garantir a sobrevivência das instituições democráticas.

Sem dúvida é um tema muito polêmico, que foi trazido na última eleição pela candidata do PSOL Luciana Genro, mas não foi dado pelos outros candidatos sua devida importância, o que é uma pena, pois se assim fosse, o debate na sociedade estaria muito mais avançado, e as chances de uma proposta dessas saírem seriam bem maiores.

Infelizmente tanto por aqui, quanto lá nos “Estaites”, as chances desse projeto sair são mínimas, no Brasil é difícil pois nem se quer é um tema tratado como fundamental, já nos Estados Unidos, apesar de Obama defender essa reforma, a oposição republicana que hoje possui maioria tanto no senado quanto na câmara já anunciou que é contra o projeto e que ele não passará.

Por João Pedro Sansão.

¹ONG Britânica.

#trelassoltas
Um blog diferente pra quem pensa diferente!
Curta nossa Fan Page: https://www.facebook.com/trelassoltas

terça-feira, 20 de janeiro de 2015

Por que democratizar a imprensa é importante?


Infelizmente hoje no Brasil não há uma plena liberdade de imprensa, onde o jornalista possui plenos de direitos de expressão e plenos direitos a notícia O que há é uma certa liberdade de empresas, e infelizmente essas empresas são comandadas por muito poucos e o jornalista não tem opção ou fala o que o patrão quer ou então passa fome, e para piorar os grandes meios de comunicação são comandados por uma oligarquia que ai está a muito tempo.

Quando começamos a pensar nas alternativas de fontes de notícia que temos vemos que estamos encurralados. Vejamos:

TV Nacional, quem lidera é a globo, e o demais canais com raríssimas exceções seguem o mesmo formato e a mesma linha de pensamento.

TV regional, há um monopólio em TODOS os estados de TV’s filiadas à rede globo e que por isso seguem o mesmo protocolo e a mesma linha de pensamento da rede nacional.

Revista, A principal revista em circulação hoje é a Veja, que é claramente tendenciosa e é muito próxima a rede globo.

Jornal: Os principais veículos são a Folha de São Paulo, Estadão e o globo ambos com forte ligação com os demais veículos citados.

Rádios: Principais rádios são CBN, rádio globo e JovenPan, que como todos os exemplo sitados seguem a mesma linha de pensamento.

E agora você deve estar pensando, e a internet? Ela é livre todos podem escrever e não há como censurar. Sinto lhe informar mais o seu pensamento é equivocado, apesar de ser um espaço livre, tanto para escrever, quanto para ler, infelizmente há uma manipulação sim por meio dos grandes veículos de informação, pois as páginas de notícias mais acessadas ainda são as comandadas pelos mesmos grupos citados acima.

Essa situação vivenciada hoje por nós também acontecem em outros países, recentemente a Argentina criou uma lei para quebrar o oligopólio da imprensa por lá, um projeto muito corajoso por parte da presidente dos nossos Hermanos, esse projeto está marcando o fim das grandes redes nacionais de TV’s principalmente com a rede Clarim que possui uma estrutura muito parecida com a da Rede Globo.

Essa lei sofreu muitas críticas por parte da imprensa daqui, o que seria óbvio que aconteceria, pois não há medo maior por parte das famílias que mandam na notícia no Brasil, do que o de se criar lei parecida no Brasil.

E a presidente Dilma tem dado sinais de que quer essa lei que regulamente a imprensa no Brasil, e o mais claro foi a indicação do ministro das comunicações Ricardo Brezoini, que é hoje um dos maiores defensores desta pauta dentro do Partido dos Trabalhadores.

Há de se lembrar ainda que na constituição federal no artigo 220 parágrafo 5º, "Os meios de comunicação social não podem, direta ou indiretamente, ser objeto de monopólio ou oligopólio". Sendo assim, não é apenas uma vontade, e sim uma obrigação por parte de governo para que a constituição cidadã seja posta em prática.

Por mais que haja vontade por parte do governo será muito difícil (muito mesmo) desta que é uma das importantes reformas que o Brasil precisa saia do Papel, mais é importantíssimo que lutemos para que isso aconteça, e assim o Brasil e o povo brasileiro passaria a realmente ter opinião pública, ao invés de ter opinião publicada.

Por João Pedro Sansão

#trelassoltas
Um blog diferente pra quem pensa diferente!
Curta nossa Fan Page: https://www.facebook.com/trelassoltas

sábado, 17 de janeiro de 2015

O caso do brasileiro executado na Indonésia e a pena de morte no Brasil



Sempre fui contra a pena de morte, pois em lugar algum no mundo ela mostrou-se eficiente, não há nenhuma experiência em que a pena de morte tenha efetivamente reduzido a criminalidade, pelo contrário, o que não faltam são inúmeros exemplos onde a violência só aumenta, mas com esse recente caso do brasileiro que foi executado hoje (17/01/2015) cheguei a uma conclusão, antes eu achava que era contra a pena de morte, hoje tenho certeza que sou contra. E se você é uma dessas pessoas com sangue nos olhos e esta pensando em me xingar, só peço que antes disso leia esse texto até o final.

É importante deixar claro que não pretendo aqui defender a impunidade, acho que o brasileiro cometeu um crime grave, e tem que ser punido por isso, mas não acho o fuzilamento uma punição adequada.

Marco Archer Cardoso Moreira era piloto de voo livre, um dos pioneiros no Brasil, e trabalhava como instrutor de voo no Rio de Janeiro. Em 1999 visitou a Indonésia em busca de novos lugares para a prática do voo livre, e se encantou com as condições de voo e a natureza do lugar, depois, já em 2003 ele volta a Ásia, desta vez em Cingapura, para praticar o esporte Durante um de seus voos ele perde o controle e sofre um grave acidente. Para conseguir ir ao hospital seus amigos fizeram uma vaquinha para pagar o Avião, Marco foi ressuscitado quatro vezes no hospital, depois de muito sofrimento o brasileiro se recuperou e saiu do hospital com uma dívida muito alta.

Desesperando e precisando do dinheiro para pagar as despesas o brasileiro caiu em um velho golpe, que já foi inclusive tratado em novelas e filmes, quando para facilitar a entrada de drogas pelo aeroporto traficantes pagam pessoas comuns para entrarem com uma pequena quantidade de drogas escondidas, e eles mesmos denunciam a pessoa para que então com a policia distraída com o outro passageiro os verdadeiros traficantes possam entrar como uma quantidade muito maior de drogas sem correr o risco de serem pegos.*

Mesmo tendo caído em um golpe, em um momento de fraqueza, repito, ele cometeu um erro e deve ser punido por isso, afinal ele tinha consciência do que estava fazendo, mas acredito profundamente que ele se arrependeu e depois de ficar 11 anos na cadeia e no corredor da morte acho que já é uma pena mais do que suficiente.

Acho que o debate da pena de morte é muito pequeno no Brasil, deveria ser um tema com mais repercussão, e que gerasse mais discussões, é um tema que deveria estar presente em botecos, salões de beleza, rodas de conversas, nas salas de aulas, pois infelizmente o senso comum hoje no Brasil tende a ser a favor da pena de morte, e essa realidade deveria mudar.

Espero que o caso deste brasileiro que teve um cartucho de fuzil descarregado no peito sirva para as pessoas refletirem, e que de agora em diante a pena de morte passe a estar presente nas conversas do dia a dia e que assim esse tipo de punição nunca venha a ser realidade nesse país.

Por João Pedro Sansão

‪#‎trelassoltas‬
Um blog diferente pra quem pensa diferente!
Curta nossa Fan Page: https://www.facebook.com/trelassoltas

*Fonte da História de Marco: Jornal das Dez, GloboNews, 15/01/2015.

quarta-feira, 14 de janeiro de 2015

Não preciso ser Charlie!

Na quarta-feira, 07, registramos uma demonstração de intolerância, de vilania, de falta de respeito...
Ao todo 12 pessoas morreram no ataque: oito funcionários do jornal – entre eles quatro cartunistas –, um funcionário do edifício, um convidado da redação e dois policiais.
O repercuto nos jornais, assimilam isso a um atentado terrorista, porém não vamos fazer uso dessa expressão aqui. Gostaríamos de dizer apenas um Não a Intolerância, ao Fanatismo, Não a Vilania, e a atitude de brincar com as vidas do mundo.
Algumas imagens e musicas são para reflexão, com estes 7 dias de morte, de todas as vitimas, agredidas, até mesmo aquelas que ficaram vivas...
Contudo, não podemos nos esquecer que a Revista Charlie Hebdo, declara ofensas a nivel grotesco, com o real intuito de ofender. Após ataques ocorridos em 2011 , a revista intensificou ataques morais contra a religião islâmica. A maneira como o jornal retratava os muçulmanos era sempre ofensiva. Os adeptos do Islã sempre estavam caracterizados por suas roupas típicas, e sempre portando armas ou fazendo alusões à violência, com trocadilhos infames com “matar” e “explodir”… Alguns argumentam que o alvo era somente “os indivíduos radicais”, mas a partir do momento que somente esses indivíduos são mostrados, cria-se uma generalização. As capas das revistas são terríveis, um real ato de terrorismo visual, mas este humor criado por Charlie deveria de ser Banido desde o principio, por fóruns de justiça, e ter uma censura ética.
Charlie satirizou, “xingou”, ofendeu uma religião toda, já que no Islã, há um princípio que diz que o Profeta Maomé não pode ser retratado, de forma alguma. Charlie o retratou, e não foi a primeira vez, contudo, não se trata ofensas religiosas com armas e mortes. Não estamos na Guerra santa!
Mais Respeito é por isso que zelo, Mais respeito pela parte da Charlie Hebdo, e por parte de assassinos “santificados”.
Não preciso ser Charlie!

Por: Lucas Pedroso Pereira da Costa.






#trelassoltas
Um blog diferente pra quem pensa diferente!
Curta nossa Fan Page: https://www.facebook.com/trelassoltas

sábado, 10 de janeiro de 2015

Drogas, caso de polícia?

Não é de hoje que um dos mais graves problemas das cidades brasileiras (de todos os tamanhos) é questão das drogas, e o combate a elas tem se mostrado falho, sem grandes avanços, e cada vez mais vemos este problema crescer mesmo em cidades menores no interior do país.

O problema é que há uma inversão de valores quanto a responsabilidade do combate as drogas, enquanto as drogas forem tratadas como uma questão de segurança ao invés de uma questão de saúde e educação continuaremos a perder a “guerra” contra o tráfico.

Um bom exemplo de uma forma mais humana de tratar as questões das drogas e que tem dado bons resultados é o programa “Braços Abertos” da prefeitura de São Paulo que tem ajudado na situação da maior cracolândia do Brasil no centro da cidade. Não é a solução do problema, mas sim o início dela.

O programa oferece uma nova oportunidade aos dependentes químicos através de moradia, alimentação e emprego e também o tratamento contra a dependência, os dependentes atuam basicamente na limpeza e manutenção de ruas e praças e com isso recebem além da moradia e alimentação um pagamento de R$20,00 por dia trabalhado.

Atualmente o programa atende cerca de 500 pessoas, das quais 50 já foram morar com suas famílias, 20 estão empregadas com carteira assinada e 42 estão fazendo cursos profissionalizantes, as mulheres estão tendo atendimento ginecológico. Antes do programa ninguém ia ao dentista, e por isso tinham muitas caries e frequentemente arrancavam os dentes com alicates.

O dinheiro recebido pelos atendidos está sendo usado para compra de roupas e materiais de higiene, e não para compra de drogas como muitos diziam que iria acontecer.

Ainda não será o suficiente, há muito de se fazer ainda, mais o primeiro passo foi dado, pelo menos na cidade de São Paulo, e finalmente estamos dando aos usuários moradia, emprego, alimentação, ao invés de cassetetes e tiros, e assim oferecendo uma verdadeira chance de recuperação.

Por João Pedro Sansão


#trelassoltas
Um blog diferente pra quem pensa diferente!
Curta nossa Fan Page: https://www.facebook.com/trelassoltas

quarta-feira, 7 de janeiro de 2015

Os 2 poderes e Uma Crença


Capitalismo: Um sistema socioeconômico em que os meios de produção (terras, fábricas, máquinas, edifícios) e o capital (dinheiro) são propriedade privada, ou seja, tem um dono.

Socialismo: Um Sistema socioeconômico que visa maior igualdade entre os indivíduos trabalhadores, onde maquinas, fabricas e até mesmo o capital são de propriedade governamental. Tem como grandes defensores Karl Marx e Friedrich Engels.

Comunismo: Compreendido como certo tipo de ordenação social, política e econômica onde as desigualdades seriam sistematicamente abolidas. Ditado por alguns como sendo o final utópico do Socialismo.

Hoje vivemos em um mundo capitalista, de consumo, particular, onde meus bens são meus e de mais ninguém e os seus são seus. O sistema capitalista tem como base a meritocracia, cada um por si para conseguir seus bens, estude mais e ganhe mais, porem não de uma meritocracia igualitária.

Podemos dizer que no socialismo o médico ganha quase o mesmo que um gari, e alguns pensam que injustiça, o medico que tanto estuda ganhar o que ganha, um cara que nem precisa estudar. Existe certa desigualdade neste ponto, porem isso abre portas para que possamos fazer o que nos desejamos, temos hoje o salário de um professor muito desigual a de um juiz, mas suponde que eu quero ser um professor em uma sociedade socialista eu ganharia o quanto ganha o Juiz, e exerceria o que eu queria, já no capitalismo, tentaria eu procurar outra coisa que me rendesse um lucro maior, já que existem necessidades e até supérfluos das quais tenho e quero suprir...

A intenção de banir as diferenças entre os homens é o objetivo do comunismo, e também é o que acaba fazendo com que muitos enxerguem o comunismo como uma utopia dificilmente alcançada. A experiência comunista parte de um pressuposto comum onde a desigualdade social gera problemas que se desdobram em questões como a violência, a miséria e as guerras.

Antes do capitalismo, o sistema predominante era o Feudalismo, cuja riqueza vinha da exploração de terras e também do trabalho dos servos. O progresso e as importantes mudanças na sociedade (novas técnicas agrícolas, urbanização, etc) fizeram com que este sistema se rompesse. Estas mesmas mudanças que contribuíram para a decadência do Feudalismo, cooperaram para o surgimento do capitalismo.

Passou por fases como:

· Capitalismo Comercial ou mercantil: consolidou-se entre os séculos XV e XVIII. É o chamado Mercantilismo. As grandes potências da época (Portugal, Espanha, Holanda, Inglaterra e França) exploravam novas terras e comercializavam escravos, metais preciosos etc. com a intenção de enriquecer.

· Capitalismo Industrial: Foi a época da Revolução Industrial.

· Capitalismo Financeiro: após a segunda guerra, algumas empresas começaram a exportar meios de produção por causa da alta concorrência e do crescimento da indústria.

A implantação do socialismo ocorreu somente no século XX, mais precisamente em 1917, quando o governo monarquista foi derrubado pela revolução russa, dando origem à União das Repúblicas Socialistas Soviéticas (URSS). Na segunda metade do século XX o socialismo ganhou outros adeptos, como os países do Leste Europeu, além da China, Cuba e algumas nações africanas e asiáticas. No entanto, com configurações socialistas distintas.

• Meios de produção socializados: no socialismo toda estrutura produtiva, como empresas comerciais, indústrias, terras agrícolas, dentre outras, são de propriedade da sociedade e gerenciados pelo Estado. Toda riqueza gerada pelos processos produtivos é igualmente dividida entre todos.

• Inexistência de sociedade dividida em classes: como os meios de produção pertencem à sociedade, existe somente uma classe; a dos proletários. Todos trabalham em conjunto e com o mesmo propósito: melhorar a sociedade. Por isso não existem empregados nem patrões.
• Economia planificada e controlada pelo Estado: o Estado realiza o controle de todos os segmentos da economia e é responsável por regular a produção e o estoque, o valor do salário, controle dos preços e etc. Configuração completamente diferente do sistema liberal que vigora no capitalismo, no qual o próprio mercado controla a economia. Dessa forma, não há concorrência e variação dos preços.

O comunismo nunca teve sua implementação na sociedade, apenas em suas teorias, como parte de uma natureza utópica, era de se esperar. Na Grécia Antiga, o filósofo Platão buscou arquitetar uma forma de governo ideal onde a propriedade privada e as famílias seriam extintas. O fim da família e da propriedade reforçaram um ideal de comunidade que colocaria em segundo plano os interesses individuais e familiares. A união sexual deveria ter caráter temporário e a criação dos filhos seria de responsabilidade do Estado. Sem abordar a questão do escravismo, o pensamento platônico não tece uma crítica total aos valores de sua época. Durante a Idade Média, a crise do sistema feudal e o grande enriquecimento da Igreja impulsionaram a formação de movimentos que tentaram abolir as desigualdades. Inspirados por um discurso de forte traço religioso, algumas das heresias medievais não só criticavam as desigualdades de seu tempo. Dotados de uma tendência mais radical, alguns movimentos religiosos deste período defendiam a supressão da classe nobiliárquica e a revolta camponesa como mecanismos de justiça social. No período de ascensão da burguesia mercantil, outros pensadores também se preocuparam em criticar os valores de seu tempo em favor de uma sociedade ideal. No século XVI, o filósofo britânico Thomas Morus redigiu a obra “Utopia”, lançou novas bases onde o comunismo seria vivido por meio de mecanismos que subordinassem a individualidade em prol do coletivismo. Contrariando uma tendência do pensamento renascentista (o individualismo), Morus buscou uma maior comunhão social.

Temos 3 escolhas, sendo uma delas utópica, quase inalcançável, então dessas 2 o Capitalismo e o Socialismo temos, defeitos teóricos, e práticos, resumindo, se quisermos a sociedade ideal, temos de ser todos ideais!

Por Lucas Pedroso

#trelassoltas
Um blog diferente pra quem pensa diferente!
Curta nossa Fan Page: https://www.facebook.com/trelassoltas

sábado, 3 de janeiro de 2015

Finalmente! Ensino Médio entra em discussão.


Até pouco tempo atrás qualquer debate sobre educação se resumia a discussão do nível superior, em raríssimas exceções chegava a se discutir a educação infantil e as séries iniciais de alfabetização, mas não se discutia as fases da educação que vivem os maiores problemas e sem dúvida está em crise que são o ensino médio e as séries finais do ensino fundamental, e pela primeira vez isso começa a mudar e o ensino médio entre em pauta no Ministério da Educação.

O Brasil está dando o primeiro o passo, o de abrir o debate, agora temos que ter em mente que tipo de mudanças que queremos na educação. Não basta só mudar, mudar não quer dizer que vai melhorar, temos que lutar para mudar para melhor.

Acredito que alguns dos itens que listarei abaixo deverão estar no centro desta discussão:

1: Formato da sala de aula.

Uma mudança simples mas fundamental. Hoje a sala de aula possui uma estrutura moldada para inibir as pessoas, para que elas fiquem intimidadas. Passamos anos sentados em fileira, como se estivéssemos em uma fábrica, assim somos treinados a olhar na nuca e baixar a cabeça, e não olharmos nos olhos das pessoas, com isso saímos das escolas hoje sem estar preparados a fazer uma fala em público, sem termos o mínimo de liderança, o que é ótimo, para o sistema e não para o povo.
Deveríamos então mudar o formato para uma sala em "U" para que todos pudessem olhar nos olhos, para incentivar o debate.

2: Deixar de ensinar as respostas, e promover o desenvolvimento cognitivo:

Atualmente os alunos são forçados a “aprender” e “decorar” muitas coisas, de muitos assuntos diferentes, o que é uma inutilidade, pois quase todas as respostas que aprendemos na escola (e esquecemos na semana seguinte) poderiam ser facilmente respondidas com uma simples pesquisa na internet.

O que temos que fazer não é aprender as respostas, e sim, desenvolver habilidades e competências sobre as quatros áreas básicas do conhecimento (Ciências humanas, Ciências da natureza, Matemática e Linguagens e códigos) e assim melhorar a nossa capacidade cognitiva por que depois o estudante aplica esta capacidade onde quiser.

3: Adequação do currículo:

Hoje em dia nossos estudantes tem uma visão básica de cada área no conhecimento, porém eles geralmente possuem um potencial maior em somente uma delas, mais esse potencial não é aproveitado ao máximo, alunos que possuem maior aptidão com exatas passariam a ter mais aulas de matemática e física por exemplo.

A questão não é abandonar as demais matérias, continuariam a ter as aulas das demais matérias normalmente, mais teríamos mais tempo com a área específica.

4: Tempo na escola:

Nossos estudantes deveriam ficar mais tempo na escola, o que não quer dizer mais aulas tradicionais, e sim mais aulas em laboratório, mais aulas com experiências, assim estimularíamos a inovação já em nossos adolescentes.

5: Atratividade:

A escola tem se tornado um lugar chato, que está atrasando nossos alunos, pois eles chegam a escola hoje com muito mais conhecimento e muito mais experiências do que 20 anos atrás. As gerações atuais e cada vez mais nas próximas, são muito diferentes das antigas, mas a escola ainda não percebeu isso e continua dando aula do mesmo jeito que se dava há 20 anos.

Nessa hora me vem a cabeça uma frase que chega próxima ao estado de demência muito mencionada nas salas de professores por todo o país “nossos alunos não são mais os mesmos”, e mesmo assim, sabendo que os alunos não são mais os mesmos continuamos tendo aula exatamente do mesmo modo como tínhamos antigamente.

É claro que a discussão está apenas começando, e até o momento o Ministério da Educação tem se pronunciado através de seu novo ministro o cearense Cid Ferreira Gomes apenas na questão da adequação do currículo, o que já é um passo importante mais ainda longe do que sonhamos.

Cabe a nós agora acompanharmos as discussões, participar o máximo possível do processo, pois o caminho será árduo mas o futuro recompensador!

Por João Pedro Sansão

Um blog diferente pra quem pensa diferente!