quarta-feira, 21 de janeiro de 2015

O aumento da desigualdade e a taxação de fortunas




Em 2009, 388 pessoas tinham mais dinheiro que metade da população mundial, hoje esse número está em 80 pessoas de acordo com a Oxfam¹. Pelas regras da meritocracia essas 80 pessoas trabalharam mais e se esforçaram mais que 3,5 bilhões de pessoas. A expectativa é de que nos próximos anos o grupo de pessoas que possuem metade da riqueza do mundo deverá ficar ainda mais restrito, resultando em uma desigualdade cada vez mais gritante.

A pesquisa também disse que até 2016 1% da população (70 milhões de pessoas) vão ter mais dinheiro acumulado que os outros 99% (7 bilhões) juntos, o que mostra que não tem sido possível diminuir a desigualdade no mundo.

Até quando vamos olhar para notícias como essas e achar tudo normal? que a vida é assim mesmo, que é justo alguns terem tudo, enquanto tem gente que não tem nada dez de que nasceu?

Há um renomado livro do economista francês Thomas Piketty, que se chama O Capital do século XXI, nele Piketty fala que essa situação de concentração de renda poderá levar ao caos, poderá prejudicar muito as instituições democráticas, pois a democracia pressupõem igualdade de oportunidades. E com essa desigualdade crescente a democracia ficará cada vez mais frágil.

Recentemente o presidente dos Estados Unidos, o democrata Barack Obama, falou que possui a intenção de cobrar impostos maiores de pessoas que possuam um acumulo de dinheiro mais robusto. É uma proposta muito interessante, que já é realidade em alguns países da Europa.

Essa ideia de taxar as grandes fortunas não vem de hoje, seria importante que cada vez mais países adotassem esse procedimento, tendo a presença do estado para equilibrar as oportunidades, e assim garantir a sobrevivência das instituições democráticas.

Sem dúvida é um tema muito polêmico, que foi trazido na última eleição pela candidata do PSOL Luciana Genro, mas não foi dado pelos outros candidatos sua devida importância, o que é uma pena, pois se assim fosse, o debate na sociedade estaria muito mais avançado, e as chances de uma proposta dessas saírem seriam bem maiores.

Infelizmente tanto por aqui, quanto lá nos “Estaites”, as chances desse projeto sair são mínimas, no Brasil é difícil pois nem se quer é um tema tratado como fundamental, já nos Estados Unidos, apesar de Obama defender essa reforma, a oposição republicana que hoje possui maioria tanto no senado quanto na câmara já anunciou que é contra o projeto e que ele não passará.

Por João Pedro Sansão.

¹ONG Britânica.

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